terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Happy New Year - Go Big!

Foto: Renato Boulos


Me lembro de um filme da Rip Curl que assisti quando era adolescente e iniciava meus passos no surf, um dos atletas da marca tinha escrito em sua prancha: "Go Big". O filmaker perguntou: o que isso significa? O atleta respondeu: significa "Pense Grande", isso é algo para me motivar. 
Esse pensamento entrou na minha mente e aplico ele em todos os setores da minha vida. Isso acaba me motivando sempre a continuar a fazer o que amo e também a realizar meus ideias de vida para um mundo melhor e mais justo. 
As vezes a sociedade te minimiza tanto com seus artefatos que você se sente incapaz de realizar qualquer coisa, por menor que seja. Isso acontece porque os meios de comunicação de hoje (Tv, rádio, internet), que são instrumentos que deveriam ser usados com o objetivo de melhorar a vida do ser humano, na verdade bombam em sua maioria coisas fúteis e de incentivo ao consumismo desenfreado, atingindo diretamente as pessoas e distorcendo seus reais valores. 
Sendo assim, como o povo vai ter condição de eleger um bom presidente, governador ou prefeito? É por isso que acabamos na mão de pilantras engravatados que ao invés de serem representantes do povo, são um bando de mercenários e mafiosos que só querem se promover e enriquecer. Se esquecem da própria família, curtindo noitadas com putas e esbanjando o dinheiro de impostos com bebidas, drogas, carros, mansões e etc...
Esses pilantras só gozando com o nosso dinheiro, enquanto eu to aqui ralando pra tentar conquistar o mínimo pra se viver? Como assim?
Só de pensar nisso fico puto. Vou pra água, remo, sinto a água salgada gelar meu corpo no primeiro joelhinho, quando levanto do outro lado da onda, uma corrente de energia acalma meu corpo e olhando o visual paradisíaco a minha volta me sinto purificado e abençoado por ter saúde e ser perfeito, com pernas, mãos, olhos e ouvidos que me conectam cada dia mais a Mãe Natureza e ao Criador.
Graças aos meus pais eu pude morar na praia desde pequeno e assim me tornei surfista. Eles me deram educação e o surf me deu o aprendizado. Mas pode o surf mudar o mundo? A resposta é: sim! Na verdade, qualquer esporte, arte ou música pode e só se pode conseguir desenvolver essas atividades se a CULTURA do povo incentiva através da EDUCAÇÃO. 
Agora cheguei no X da questão: EDUCAÇÃO. Se o Governo e a Mídia não estão preocupados com a educação, nós temos que estar. Com atitudes locais faremos o diferencial. É pensando assim que sigo em frente, sempre pensando grande!



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

29 anos de VIDA 15 de SURF

Me lembro de quando comecei a surfar na praia do Tenório. Eu tinha 13 anos e pegava onda de bodyboard, mas diferente das outras crianças que iam deitados nas ondas, eu ia em pé. Fui desenvolvendo habilidade no lance e já tinha a manha de fazer uns giros 360º com o "morey". Um dia eu estava lá fazendo minhas graças com o morey quando um surfista adentrava ao mar. Ele me olhou nos olhos e disse: "Cara, porque você não surfa de prancha?". Lembro que essa época era meados dos anos 90 e o surf sofria uma decadência sombria, pois os surfistas eram sinônimos de vagabundos e maconheiros. Agora imagina, meu avô tinha sido do exército e meu pai era policial civil, eles tinham horror do surf e meu início no esporte foi bem complicado. 
Meu pai tinha levado um tombo na vida e estava recomeçando, sendo assim, prancha era luxo e custou pra eu conseguir uma. Só consegui minha prancha quando fiz aniversário de 14 anos e ganhei um walk man, daqueles coloridos de fita K7, da minha tia. Um conhecido meu curtiu e ele tinha uma prancha encostada. Não pensei duas vezes e fiz o rolo. A prancha era uma Litoral Norte 6'0, grossa, toco, porém havia sido pintada, metade de amarelo e metade vermelho e foi com ela que eu iniciei minha história de amor pelas ondas. 
De lá para cá muita coisa mudou e aconteceu. Com 18 anos de idade fui morar em São Paulo para tentar na carreira de modelo, pois eu tinha ficado em 3º lugar no Concurso Dakota Elite Model Look e tinha sido contratado pelo agência, que na época havia revelado a Gisele Bündchen. Porém eu não era feliz em São Paulo e o amor pelas ondas foi maior. Acabei voltando pra Ubatuba, cursei faculdade pois graças a alguns bons resultados obtidos no Circuito Universitário de Surf, eu consegui Meia-Bolsa e pude me formar em Adm. com habilitação em Hotelaria e Turismo. 
No ultimo ano de Faculdade, eu me formei também em um Curso de Julgamento, ministrado pelo atual Head Judge da ABRASP Paulo Motta. Depois de alguns estágios em campeonatos, o Paulinho me ligou e me deu a oportunidade de atuar no Circuito Ubatuba de Surf. Fui bem e entrei para o quadro de Juízes da Federação Paulista e hoje batalho meu objetivo que é ser Juiz do World Tour. 
Estou contando um pouco da história da minha vida, porque as vezes as pessoas julgam pelas aparências e sem saber realmente sua história, criam falsos estereótipos. Nós Surfistas de Alma, somos amantes das ondas, natureza, pessoas e acima de tudo da vida e diferentemente dos nossos atuais governantes não objetivamos a riqueza financeira e sim a riqueza espiritual, pois sabemos que aqui tudo é passageiro, porém a vida é eterna! 
Obrigado a todos que me enviaram centenas de mensagens no Facebook, bem como aqueles que me ligaram ou mandaram mensagem. Sou amigo, sou do bem e estou aqui pro que der e vier, afinal de contas, estamos todos juntos e misturados! Good vibes for all...